Ubatuba recebe até junho exposição sobre Boi de Conchas

Com o propósito de salvaguardar a identidade e a história de Ubatuba, a Comunidade Reinante Voga dos Mares de Iperoig (Crumi) está com exposição aberta  “Boi de Conchas – Identidade e Horizontalidade” até o dia 12 de junho.

São publicações, documentos, fotografias, vídeos, bonecos e adereços reunidos na sala Azul Marinho Cultural que ilustram a trajetória de Ratambufe, o boizinho nascido na cidade de São Luiz do Paraitinga num 29 de junho, Dia de São Pedro Pescador e que cresce ouvindo a promessa do fazendeiro Cipriano de um dia conhecer a imensidão do mar de Ubatuba.

O auto do Boi de Conchas retrata o nascimento, vida e sumiço do boi nas efemérides do padroeiro dos pescadores e de aniversário de Ubatuba, 28 de outubro, quando o Boi de Conchas sai das águas de Iperoig e dança junto com a comunidade brincante.

“Com isso também pretendemos dividir a nossa história e perspectivas com aqueles que possam ver a cultura popular como um veículo democrático, libertário e expandido, auxiliando na construção de uma sociedade justa, segura, diversa, limpa, harmoniosa e feliz”, atesta o brincante Bado Todão, que juntamente com Denise Luiz, Julinho Mendes e Mariza Muniz temperaram o Movimento Pirão Geral do início dos anos 2000 e hoje ensaiam todo domingo na Avenida Iperoig, preparando a entrada do boi no mar no próximo Dia de São Pedro.

Sobre a Crumi

No ano de 2018, os idealizadores do Boi, egressos do Pirão Geral, junto com novas gerações de artistas caiçaras e entusiastas das questões identitárias, fundaram a Comunidade Reinante Voga dos Mares de Iperoig  (Crumi) para tornar perene a história manifesta do Boi de Conchas: seu repertório musical, alegórico, corporal e dramatúrgico.

A origem do Boi em Ubatuba remonta à década de 1930, época em que o senhor Armindo Canos, maranhense radicado em Ubatuba, ensina o filho Carlinhos o ofício de títere na confecção e manipulação dos bonecos de Bumba meu Boi.

Tradição mantida pelas ruas de Ubatuba (Foto: Divulgação/Felipe Scarpino)

São parcos os registros históricos acerca da dança do Boi, porém, até a década de 1970 a brincadeira fazia-se presente nas ruas da cidade.

Além do pioneiro Carlinhos Canos, Leopoldo Scongelo (Itaguá), Augusto do Cristino (Pedreira), Sidônio (Perequê Açu), Veiga (Taquaral), Diniz (Centro), Emilio Graciliano (Mato Dentro), Albado (Estufa), entre outros, mantinham a manifestação.

Serviço

 

Exposição Boi de Conchas – Identidade e Horizontalidade

Até 12 de junho

Local: Azul Marinho Cultural – Avenida Iperoig, 10 – Centro

Dias: Sábados e domingos

Horário: 14h às 19h – Entrada franca

Informações e agendamentos: (12) 99122 5188

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