Saúde reforça vacinação contra febre amarela em quilombolas

A Secretaria de Estado da Saúde e a Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, por meio da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP) intensificaram as ações de vacinação contra a febre amarela em quilombolas e assentamentos. No Litoral Norte, são há quatro quilombos em Ubatuba.

“Vamos trabalhar juntos em mais uma importante estratégia de combate à febre amarela. O cenário em São Paulo requer medidas contínuas e integradas porque parte da população exposta ao risco ainda não foi imunizada. Por isso, temos trabalhado ininterruptamente no monitoramento epidemiológico e, em especial, na criação de ações efetivas para ampliar a vacinação e a proteção da população paulista”, afirma o secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann.

Segundo a Prefeitura de Ubatuba, hoje não é possível separar a população e quilombolas que precisam ser vacinadas porque não há registro separado. Essa população integra os bairros do Cambury, Itamambuca, Fazenda (Núcleo Picinguaba) na região norte e Caçandoca (região Sul). Atualmente, o município conta com 98% de cobertura vacinal.

O Itesp reconheceu 36 comunidades como remanescentes de quilombos, onde vivem 1.445 famílias. A Fundação atende mais 7.133 famílias de agricultores familiares.

Todos os paulistas devem se vacinar contra a febre amarela, caso ainda não estejam imunizados. Moradores de qualquer região precisam se prevenir contra a doença, sobretudo aqueles que residem ou visitam áreas rurais, de mata e ribeirinhas, onde há vegetação densa. A vacina está disponível na rotina dos postos da rede pública de saúde e leva 10 dias para garantir proteção efetiva.

“Aos que tomarem a vacina em período inferior a 10 dias a viagens com esse perfil, recomendamos que evitem adentrar áreas verdes e usem repelente, roupas compridas e de cor clara para reforçar a prevenção”, afirma a diretora de imunização da Secretaria de Estado da Saúde, Helena Sato.

A vacina é indicada para pessoas a partir dos nove meses de idade. Devem consultar o médico sobre a necessidade da vacina os pacientes portadores de HIV positivo e transplantados. Não há indicação de imunização para gestantes, mulheres amamentando crianças com até seis meses de idade e imunodeprimidos como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (como por exemplo Lúpus e Artrite Reumatoide).

Balanços

Nos últimos dois anos, mais de 15 milhões de pessoas foram vacinadas contra a febre amarela no Estado. O número é duas vezes maior que o vacinação da década anterior, com 7 milhões de pessoas imunizadas entre 2006 e 2016.

Em todo o Estado, a cobertura vacinal contra febre amarela é de 65%, em média, com variação entre as regiões. Na Baixada Santista, o percentual é similar. No Vale do Ribeira, a cobertura é de 66%. No Vale do Paraíba e Litoral Norte, de 85%. Todas essas regiões têm ações de imunização em curso desde o início de 2018.

De acordo com balanço divulgado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica, em 2018, houve 502 casos de febre amarela silvestre confirmados no Estado e 175 deles evoluíram para óbitos. Em 2017, foram 74 casos e 38 mortes. Não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.

 

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