Vencedores do salão de artes de Ilhabela serão revelados em coquetel nesta sexta

Ícones da arte contemporânea se reuniram no arquipélago para escolher os ganhadores
Waldemar Belisário foi pioneiro da arte na ilha (Foto: Divulgação)


Por Daniela Malara Rossi


O 38º salão de artes plásticas de Ilhabela teve a participação de nomes de peso da arte contemporânea brasileira. Katia Canton, curadora do MAC, e Paulo Klein, crítico, fotógrafo e curador renomado, se reuniram no arquipélago para escolher os vencedores, que serão revelados em um coquetel na próxima sexta-feira (28).

O Salão de Artes Waldemar Belisário teve mais de 200 obras inscritas, provenientes de artistas de diversos locais. Nestes quase 40 anos de história, o evento teve a participação de artistas brasileiros que,
hoje, possuem reconhecimento internacional. É o caso de Marcos Pannuzio, Genésio Telles, Marisilda Gasbarro, e Pituca, que também estão com trabalhos inscritos para este ano.

Katia Canton afirmou que um dos trabalhos mais surpreendentes foi feito por um pescado local e que a premiação estimula e valoriza a criação artística. “Este formato de exposição é sempre um aprendizado, mesmo para nós especialistas. É uma forma muito democrática de acolher a arte. A obra deste pescador é uma das mais belas que vi na disputa e fico feliz do salão estimular essas coisas”, analisou ela.

Promovido pela prefeitura da cidade por meio da Secretaria da Cultura e da Fundação de Arte e Cultura (Fundaci), o salão reúne as categorias: pintura, escultura, fotografia, desenho, instalação, gravura e técnica mista. Os prêmios chegam a R$ 1,5 mil por categoria e o troféu Waldemar Belisário terá premiação de R$ 3,5 mil. A mostra acontece na sede da Secretaria de Cultura, na Vila – centro histórico de Ilhabela, e vai até o dia 30 de setembro.

Waldemar Belisário
Descendente de italianos, Waldemar Belisário escolheu Ilhabela como casa no ano de 1929.  Irmão de criação de Tarsila do Amaral, estava inserido no mundo das artes desde criança e levou o nome e os belos cenários do arquipélago para a rota artística nacional e internacional, através de suas belas pinturas.

Casou-se na ilha e, com sua esposa Celina Guimarães, passou a estimular o desenvolvimento artístico local e a vocação dos caiçaras. Refugiados na Bahia de Castelhanos, desenvolveram diversos projetos educacionais com a comunidade local, inclusive a casa do casal serviu de escola, na época. Em 1968, criaram o primeiro salão de artes da cidade, que após a morte do pintor, em 1983, passou a se chamar Salão de Artes Waldemar Belisário, em sua homenagem.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *