Pressionados, vereadores de São Sebastião adiam votação do Plano Diretor

Foi adiada a segunda votação do Plano Diretor de São Sebastião, que estava prevista para esta terça-feira (15/12). O adiamento, solicitado pelo vereador Onofre Neto, foi acatado por unanimidade. O projeto foi aprovado na semana passada, mas depende ainda de votação em segundo turno.

A aprovação, na sessão anterior, gerou uma série de críticas nas redes sociais. O projeto entrou na pauta de última hora, sem divulgação prévia, e pegou a todos de surpresa.

O ponto mais polêmico é o coeficiente de aproveitamento – que fixa o limite de área construída. O Instituto Conservação Costeira (ICC) publicou que “a Prefeitura, cedendo ao apelo de uma minoria, alterou os coeficientes de aproveitamento, bem como outras modificações”.

O receio da verticalização motivou uma manifestação em frente à Câmara, pouco antes da sessão desta terça. O grupo pediu novas audiências públicas para discussão do projeto.

Manifestantes vão à Câmara contra mudança no Plano Diretor (Foto: Redes Sociais)
Manifestantes vão à Câmara contra mudança no Plano Diretor (Foto: Redes Sociais)

Falta de votação do Plano Direto irrita prefeito

O prefeito Felipe Augusto, irritado com a repercussão, chamou os manifestantes de “meia dúzia de goiaba”. “Papel ridículo de quem foi bater panela na porta da Câmara. Arrume um emprego, vá trabalhar”, esbravejou Felipe.

No mesmo tom, o vereador Reinaldinho Moreira usou termos como “mentirosos” e “burrice” para se referir aos que apontam brecha no projeto para verticalizar edificações. Sem citar nome, Reinaldinho disse que “esse cidadão tem que ser expulso daqui porque começou a desinformar a população”.

O presidente da Câmara, Edivaldo Campos, o Teimoso, contrariado com o pedido de adiamento da votação, chegou a dizer que não iria concedê-lo. Mas depois foi avisado que não lhe cabe esse poder, e teve que acatar a decisão da maioria.

O prazo máximo para vistas do vereador Neto é de 10 dias. Como a Câmara entrou em recesso, o projeto somente será votado, antes de fevereiro, caso seja convocada uma sessão extraordinária.

Questionado nesta quarta-feira, Teimoso diz que não pretende interromper o recesso. “Preciso viajar”, justificou.

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