Jovem morre afogado depois de fotografar Praia Brava de Caraguatatuba

O jovem Keeth Wolfegant de Oliveira, 25 anos, morreu afogado, no final da tarde de segunda-feira (9), depois de fotografar e mergulhar na Praia Brava da Martim de Sá. O corpo só foi identificado através de exame de DNA na manhã desta sexta-feira (13).

Em entrevista exclusiva ao Jornal Nova Imprensa, Karen Ghosn, prima da vítima, conta que a família tem um apartamento na Prainha há anos, mas decidiu se mudar para Caraguatatuba há quatro meses. Eles administram juntos o quiosque Bar Molhado, dentro do condomínio onde moram. Keeth veio há três meses para ser o barman do local. “Muito, muito trabalhador, amável, gentil. Não tinha um que não gostava dele”, ela conta.

Última foto, encontrada no celular da vítima, após seu desaparecimento (Album de Família)

O jovem, segundo a prima, era audacioso e gostava de viver perigosamente, mesmo não sabendo nadar. “No domingo ele nos chamou para aproveitar a folga do trabalho [na segunda] e conhecer alguma praia diferente. Como falei que ia ver, já que não gostava muito de quando ele pulava da Pedra do Jacaré, brigava com ele, Keeth decidiu ir sozinho, não nos avisou”.

Ele saiu na segunda-feira de bicicleta e fez um passeio fotográfico registrando a Martim de Sá e a Praia Brava. Uma testemunha informou tê-lo visto nas pedras antes de desaparecer; uma bolsa com todos seus pertences e a bicicleta foram encontradas na trilha de acesso à praia, o que reforçou a tese de que ele teria mergulhado.

A família checou o celular de Keeth que estava sem senha. “Vimos mensagens que ele trocou, fotos, procuramos por algo que nos desse alguma pista do que aconteceu”, disse Karen. As últimas fotos mostram como foi o último dia de vida do primo. “Essa foto que ele está com a camiseta branca do Queen é do último dia dele. Ele tirou as fotos e foi nadar, deixou tudo guardadinho”.

Na galeria do celular, além das fotos do local, um último vídeo mostrando o sol se pondo e o mar batendo forte nas pedras.

O corpo foi localizado na quinta-feira (12), na Praia do Centro, mas Karen disse que era impossível reconhecê-lo pelo estado em que estava, apesar de algumas características como altura, aparelho nos dentes e a sunga preta coincidirem. Foi necessário o exame de DNA para a confirmação.

A família está providenciando a transferência do corpo do jovem para Campinas, sua cidade natal, onde será velado e enterrado.

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