Primeira-dama deixa presidência do Fundo Social

A primeira-dama de São Sebastião, Michelli Veneziani, anunciou na tarde desta terça-feira (22) que se desligou do cargo de presidente do Fundo Social, no qual atuava de forma voluntária e não remunerada, desde o início de 2017.

Michelli esclareceu que a decisão foi tomada após ter sido denunciada ao Ministério Público, de forma anônima, por nepotismo e de que estaria exercendo suas funções no cargo de forma inconstitucional.

“Não acho justo o meu marido sofrer mais uma ação de improbidade administrativa por conta de uma denúncia leviana da oposição, que só quer o pior para a nossa cidade. Eu aprendi a amar São Sebastião e é por isso que eu tomei essa decisão”, esclareceu.

A primeira -dama teria se antecipado a uma ação proposta ao Ministério Púbico, cuja denúncia aponta que no dia 30 de março de 2017 o prefeito Felipe Augusto sancionou a lei 2.440 que altera a finalidade do Fundo Social em termos de recebimento de recursos financeiros.

Em seu artigo 7º, ele aponta que constituem receitas do Fundo Social de Solidariedade as contribuições, donativos, doações, heranças e legados de pessoas físicas ou jurídicas de direito privado destinadas ao município; os auxílios e subvenções a ele concedidos por pessoas jurídicas de direito público interno, externo ou internacional; as dotações orçamentárias que lhe sejam destinadas; receitas auferidas de suas aplicações financeiras e quaisquer outras receitas que lhe sejam destinadas.

Essa autorização para movimentação financeira permitida após o Fundo Social ter obtido CNPJ e se transformado em uma espécie de fundação, é que teria sido alvo da denúncia do MP e apontado como possibilidade de nepotismo com prefeito e primeira-dama tendo acesso a recursos.

Michelli também falou que continuará realizando seu trabalho voluntário. “Não faltará em mim garra, coragem, força e vontade de vencer. Estamos sendo paralisados por decisões judiciais, as quais respeitamos, mas vamos continuar lutando, pois estamos aqui para cuidar das pessoas”, acrescentou.

A primeira-dama comentou ainda sobre a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que determinou a exoneração de mais de 300 cargos em comissão na estrutura administrativa da prefeitura. “Sou a primeira pessoa que está colocando o cargo à disposição da Justiça, apesar de não ter nenhuma remuneração e ser voluntária. A minha iniciativa é também uma forma de me solidarizar com os demais servidores que assim como eu serão prejudicados”.

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