POR AÍ – Litoral Norte, magnetismo e discos voadores

As histórias de avistamentos e contatos com extraterrestres não são poucas no Litoral Norte. Os objetos voadores não identificados (ovnis) já são íntimos dos moradores da região, especialmente nas comunidades tradicionais caiçaras, onde não há energia elétrica e a familiaridade com as luzes do céu é comparável à intimidade com o mar. E as evidências de aparições de outros planetas vão além: ufólogos afirmam que o magnestismo das rochas litorâneas podem realmente atrair portais de energia para entrada de discos voadores!

Na região já ocorreram algumas expedições de ufólogos e os estudiosos explicam que as naves não podem viajar por qualquer local, conforme muitos pensam, mas precisam transitar por uma espécie de estrada energética, assim como os carros e aviões precisam seguir uma rota de segurança. E de acordo com as pesquisas, o campo magnético do litoral é capaz de viabilizar essas viagens intergalácticas.

Mas por quê os ovnis não podem ser vistos por aí? Segundo a teoria, eles transitam por outra dimensão e, além disso, esses túneis formados pelo eletromagnetismo são mutáveis e as rotas mudam sempre de posição.

No livro do mergulhador Jeannis Michail Platon, “Ilhabela e seus Enigmas”, o pesquisador de astrofísica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Inácio Malmonge Martin, afirma não ter dúvidas sobre a constante incidência ufológica em Ilhabela. Ele explica que o campo magnético é o elemento que indica a rota das naves e “as rochas da ilha são capazes de atrair qualquer objeto que se aproxime da Terra”.

Caso de repercussão

A história mais famosa de uma experiência extraterrestre no Litoral Norte data de 1956. Existe, inclusive, um documentário sobre a viagem do advogado e professor João de Freitas Guimarães em um disco voador, quando saiu de São Paulo para uma viagem de negócios em São Sebastião. Ele já faleceu, mas deixou registrada a história de sua abdução.

João foi dar um passeio pela praia durante a noite, antes de voltar para o hotel onde estava hospedado, quando viu uma aeronave arredondada se aproximar. Duas pessoas descritas como altas, loiras e muito belas, desceram e o convidaram telepaticamente para um passeio.

Ele diz que entrou na nave e partiu para uma incrível jornada de luzes. Descreveu cores violetas, vermelhas e muitas estrelas em sua viagem sideral e conta que sentiu quando a astronave saiu da atmosfera terrestre. Não foi dita nenhuma palavra entre o convidado e os tripulantes, mas João afirma ter tido diálogos telepáticos e entendido toda a mensagem dos vizinhos de planeta. Marcou encontro com os amigos extra-terrestres no mesmo local, exatamente um ano depois, mas não pôde comparecer. Curiosamente, nesta data houve registros de avistamentos de luzes por mais de uma pessoa, tanto em São Sebastião quanto em Ilhabela.

A partir desse episódio, o advogado passou a ter intuições inexplicáveis e adquiriu uma sensibilidade considerada superior ao comum, bem como relatos de outras pessoas que tiveram experiências similares. Ele morreu em 1996, aos 86 anos.

Força Aérea Brasileira

Em uma noite de 1986, uma luz que mudava de branca para vermelha e se movimentava com agilidade na região de São José dos Campos entrou no radar da Força Aérea Brasileira. A equipe que estava de plantão inclusive tirou aeronaves do chão e empreendeu uma perseguição pelo objeto, mas após horas de busca, aparições e desaparecimentos, a missão foi encerrada e o ovni não foi mais visto.

O relatório militar afirmou: “Como conclusão dos fatos constantes observados, em quase todas as apresentações, este Comando é de parecer que os fenômenos são sólidos e refletem de certa forma inteligências, pela capacidade de acompanhar e manter distância dos observadores como também voar em formação, não forçosamente tripulados.” Essa foi a divulgação oficial mais afirmativa sobre a existência de discos voadores já feita pela Força Aérea Brasileira.

A história completa sobre a noite de perseguição militar ao ovni pode ser vista no livro Extraterrestres, de Salvador Nogueira.

A aparelhagem

A artista plástica de Ilhabela, Pituca, morou durante quatro anos na Bahia de Castelhanos, em uma época onde a realidade cotidiana era totalmente rústica e manual, a escuridão de uma vida sem energia elétrica permitia uma visão límpida do céu e era possível espiar milhões de estrelas amontoadas no infinito do cosmos.

Ela conta que em 1975 recebeu a visita de um amigo astrônomo, que levou com ele um telescópio de alta tecnologia e foram para a praia da Figueira com um grupo de caiçaras para olhar os planetas.

O grupo foi de barco e chegou ao escurecer, ansiosos para entender como aquele aparelho funcionava. O telescópio foi montado e direcionado para o planeta Saturno. Quando o pessoal viu aquela imagem, olharam uns para os outros com a certeza de já conhecerem aquilo e afirmaram: é a aparelhagem!

Os dois visitantes se intrigaram com a reação dos caiçaras, mas logo perceberam que se tratava de coisa extraterrestre. A aparição de discos voadores era tão comum no local que já havia uma designação própria para os objetos. Daí começaram as histórias de disco voador. Eles contaram, com a intimidade de quem sempre vivia aquilo, que a “aparelhagem” sempre passava por lá.

Foram relatos de luzes inexplicáveis, outras de objetos que iam das estrelas para o fundo do mar, luzes enigmáticas que atravessavam a noite e até mesmo bolas de fogo que caíram do céu e queimaram a plantação de mandioca da comunidade.

As muitas histórias passadas naquela vila viraram uma série de cordéis, com gravuras e relatos mágicos. A obra de Pituca guarda a riqueza dessas experiências fantásticas, cheias de bravura, força e pitadas de inocência. Os cordéis não chegaram a ser publicados para venda e poucos amigos da artista possuem exemplares da obra.

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