Aquabus deve entrar em “operação teste” para turismo

Após quatro anos parado, um dos aquabus de Ilhabela vai entrar em “operação teste” para passeios turísticos. O custo para realização das viagens durante três meses será de R$ 430 mil aos cofres públicos. O teste será realizado sempre às sextas, sábados e domingos de forma gratuita a moradores e turistas.

O início da operação da embarcação será definido após o desdobramento dos flutuantes, dos reparos da embarcação, do trajeto e de todo o sistema operacional, que ainda estão em definição. Outro gasto necessário será a adequação dos píeres para embarque da população.

O Conselho Municipal de Turismo de Ilhabela (Comtur) aprovou a ação na última segunda-feira (22). A secretária de Desenvolvimento Econômico e do Turismo, Bianca Colepicolo, esteve na reunião e informou que foi feita uma visita técnica na marina para avaliar os catamarãs e poder colocar um deles em operação. Segundo ela, o valor inclui o reparo de uma das embarcações, pessoal, combustível e manutenção por três meses.

“Estando na pasta do turismo as embarcações não poderão ser usadas como alternativa ao transporte público. No teste, qualquer pessoa poderá realizar o passeio de forma gratuita. Após as análises de viabilidade do transporte, iremos decidir se vamos dar prosseguimento às viagens, se a decisão for positiva iremos formalizar uma parceria público-privada para a operação”, ressaltou Bianca.

A pasta do turismo irá custear a aquisição dos flutuantes para o embarque e desembarque dos passageiros, mas uma comissão técnica do conselho e a Secretaria de Planejamento, Urbano, Obras e Habitação, irá avaliar qual o material mais apropriado. A locação, segundo a secretária é inviável, já que o valor chega a 2,5 milhões de reais pelos três meses do teste.

Para a prefeita Maria das Graças Ferreira, a Gracinha, o projeto tem tudo para dar certo. “Nossa cidade vive do turismo e quanto mais opções de passeios o turista terá uma visão mais ampla do local que escolheu para conhecer. Queremos realmente dar uma solução para os aquabus, que infelizmente foram adquiridos sem planejamento ou as mínimas adaptações para serem utilizados como transporte público como propagou o governo anterior”, declarou.

Histórico

Os três catamarãs foram adquiridos pela administração anterior por quase R$ 5 milhões e o Ministério Público do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo apontou diversas irregularidades cometidas no procedimento de compra em 2015.

Os barcos foram comprados e entregues sem a certificação para a navegação; sem o estudo de viabilidade socioeconômica para a operacionalidade (sem estudo sobre subsídio); sem adequação dos píeres e embarcações para acessibilidade; e também sem investimentos para abrigo dos passageiros nos píeres, entre outros problemas legais.

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