Ressaca do mar provoca estragos na praia do Engenho e Juquehy

A alta da maré também atingiu Ilhabela com alagamento de trechos da pista

Moradores filmaram danos em Juquehy (Vídeo: Divulgação)


A ressaca do mar que atingiu o Litoral Norte neste sábado (11) provocou estragos na praia de Juquehy, Costa Sul de São Sebastião. O mar avançou mais de 100 metros, derrubou muros de contenção, estruturas de três casas dentro do condomínio privado Atlântis e 10 coqueiros na praia. As residências estavam vazias e não houve vítimas. O trecho da praia foi isolado por questões de segurança.

Ainda na Costa Sul, duas árvores de grande porte caíram e outras seis ficaram comprometidas na praia do Engenho. O muro da praia também foi derrubado. De acordo com a Defesa Civil de São Sebastião, o corte emergencial das árvores e a reconstrução dos muros já foram solicitados para garantir a segurança dos banhistas.

Ainda de acordo com a entidade, a saída 13 da rodovia Rio-Santos, que dá acesso a praia de Juquehy também ficou danificada e o acesso interditado. A Regional responsável também já foi acionada para realização das reformas necessárias.

Segundo a presidente da Associação Comunitária Amigos de Juquehy (Samju), Deborah Ziberstein, mesmo com o local isolado, a ressaca provocou três acidentes com banhistas no mar e a equipe da associação fez os salvamentos.

Para Deborah, o acidente é fruto de ações irresponsáveis do homem sobre a natureza. “Infelizmente enquanto o ser humano não tomar consciência que não pode construir em área de preservação, destruir o jundu, canalizar rios, não se unir com as sociedades de bairro, não vamos conseguir conter a natureza. É triste o nosso quadro hoje”, desbafa a presidente.

Na cidade de Ilhabela, o mar avançou até a pista e provocou alagamentos em trechos do bairro do Perequê. A Prefeitura informou que a alta da maré não prejudicou moradores ou comerciantes.

O oceanógrafo da Epagri/Ciram, Carlos Eduardo Salles de Araújo, explica que os alagamentos foram provocados pela coincidência de dois fenômenos naturais. O primeiro é a maré astronômica, que varia a cada seis horas e o maior pico foi registrado às 15h30min. Combinado ao vento intenso sobre o oceano, que empilha a água para a costa, o resultado foi a invasão da água na Ilha.

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