Estado só deve entregar Hospital Regional em março de 2019

Previsão é que construção seria concluída em julho passado 

Prédio contará com sete pavimentos (Arte: Secretaria de Saúde/ Divulgação)


O coordenador do projeto Saúde em Ação, da Secretaria de Estado da Saúde, Ricardo Tardelli, informou que o Hospital Regional do Litoral Norte, que está em construção na cidade de Caraguatatuba, só deve abrir suas portas em março de 2019. Quando do seu lançamento, em julho de 2016, a previsão é que seria entregue em 24 meses. 

Entre os fatores que provocaram o atraso na obra é a necessidade de licenciamento ambiental para conclusão do aterro em função de de passaram tubulações da Unidade de Tratamento de Gás (UTGCA) pela área. Também ainda precisa do prolongamento da rede elétrica e a urbanização da área, essa a ser feita pela prefeitura.

A unidade integra o programa Estadual “Saúde em Ação” e faz parte de uma parceria com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Do total investido através da parceria, 70% são provenientes do empréstimo firmado com o BID e 30% de recursos do Tesouro do Estado.

Localizado próximo à Rodovia Rio-Santos (SP-55), o  hospital prestará atendimento integral e humanizado aos pacientes em urgência e emergência, internações agudas e cirurgias eletivas, de forma regionalizada. Ele abrangerá os municípios de Caraguatatuba, Ubatuba, São Sebastião e Ilhabela. 

Este será um hospital de complexidade terciária – voltado para politraumas, ortopedia, neurocirurgia, câncer e tratamento de doenças degenerativas do envelhecimento e de ‘portas fechadas’. Isso significa que o paciente deverá ser encaminhado por unidades de saúde dos municípios – hospitais, prontos-socorros, UPAs (Unidades de Pronto-Atendtimento), que são a de atendimento primário.

De acordo com Tardelli, esse hospital tem uma importância muito grande para o Litoral Norte. “Ele foi pensado por conta do aumento populacional dessa região, a qual sofre com o crescimento demográfico, possivelmente motivado pelo pré-sal. Com a duplicação da Tamoios também deverá aumentar ainda mais”, observa.

As cirurgias cardíacas não serão feitas em Caraguatatuba, segundo o coordenador. “Essas vão ser realizadas no novo hospital que foi inaugurado em São José dos Campos, inclusive, haverá um helicóptero que fará o transporte entre os dois hospitais. Para isso, o de Caraguá também terá um heliponto”, explica.

Projeto conta com UTI e Centro Cirúrgico (Arte: Secretaria da Saúde/ Divulgação)

Hoje o investimento chega na casa dos R$ 200 milhões  além de R$ 65 milhões para a compra de equipamentos e mobiliários. Ele está sendo projetado, de acordo com Tardelli, com um Centro Cirúrgico e UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de alta qualidade. “Será um hospital que também terá como preocupação a sustentabilidade social”, ressalta Tardelli.

Mesmo ainda não tendo entrado em funcionamento, o Hospital Regional Litoral Norte conquistou, nas fases pré-projeto e projeto, a principal certificação internacional de sustentabilidade na construção civil – a  AQUA-HQE (Alta Qualidade Ambiental) de origem francesa e concedida no Brasil pela Fundação Vanzolini.

O hospital, que faz parte do Projeto de Fortalecimento da Gestão da Saúde do Estado, vai oferecer nove salas de cirurgia e 220 leitos – 186 leitos operacionais distribuídos em 48 de clínica médica, 48 de clínica cirúrgica, 25 de ortopedia e traumatologia, 25 de neurocirurgia e 40 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), além de 16 leitos de Day Clinic e 20 leitos de Pronto-Socorro. Ele está sendo construído em uma área de 28 mil metros.

Ainda neste contexto, a unidade hospitalar terá aquecimento de água por energia solar;  utilização de água de reuso nas bacias e jardins, teto verde, bicicletário, utilização de produtos sustentáveis como piso de borracha ou marmoleum (fibra natural).

O prédio contará ainda com acessibilidade universal e terá estacionamento e bicicletário. Serão sete pavimentos com a seguinte divisão: térreo (9.800m²); recepção (acesso principal), refeitório, cozinha, lanchonete, administração, diagnóstico, auditório, capela, emergência, farmácia e resíduos.

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