Salão de Artes de Ilhabela completa 40 anos com coquetel nesta sexta (25)

O salão de artes de Ilhabela completa 40 anos em 2017 e se consagra um dos mais antigos e tradicionais do País. A mostra já tem 262 obras inscritas e os vencedores serão revelados no coquetel de abertura, nesta sexta-feira (25), às 19h, no Centro Cultural da Vila. A entrada é gratuita e a mostra ficará em cartaz até o dia 30 de setembro.
Na ocasião, críticos de peso da arte contemporânea brasileira vão anunciar os ganhadores nas categorias: pintura, escultura, fotografia, desenho, instalação, gravura, técnica mista e pintura infantil. Os prêmios chegam a R$ 1,7 mil por categoria. Já o grande troféu Waldemar Belisário terá premiação de R$ 4 mil. Haverá também a apresentação do coral Celina Pelizzari e Pixoxó.
O salão de artes é promovido pela prefeitura da cidade por meio da Secretaria da Cultura e da Fundação de Arte e Cultura (Fundaci).
 
Leilão beneficente
Para celebrar o aniversário de 40 anos do salão, a prefeitura da cidade prepara um leilão especial de uma obra de arte, para que a arrecadação seja revertida ao Fundo Social de Solidariedade. A obra em questão é do artista Marco Yamin, fotógrafo renomado da cidade e que desenvolveu uma técnica inédita na produção do quadro “44ª Semana de Vela Ilhabela”. A obra é feita em cima de uma foto tirada durante as regatas e posteriormente trabalhada com uma pintura digital, impressa em tela canvas e finalizada à mão.
“O diferencial desta obra é a natureza dupla do olhar artístico. Primeiro fiz a foto e depois surgiu a inspiração sobre ela. Foi quando realizei o trabalho eletrônico, que é uma técnica inventada por mim mesmo há mais de dez anos”, conta Yamin.
O artista teve um quadro com a mesma técnica premiado em 2008, na cidade de São Paulo, quando a intervenção digital ainda era praticamente desconhecida. Mesmo assim, Yamin levou o primeiro lugar no 4° Salão das Águas, do Centro Cultural da Marinha.
 
Waldemar Belisário
Além da competição, a exposição conta com uma sala exclusiva para as obras originais do artista Waldemar Belisário, que dá nome ao evento. O local está recheado com histórias de sua vida, contadas através da natureza e das artes.
Descendente de italianos, Waldemar Belisário foi uma figura além de seu tempo. O pintor escolheu Ilhabela como casa no ano de 1929, onde dedicou a vida à arte e educação. Irmão de consideração de Tarsila do Amaral, Waldemar esteve inserido no mundo das artes desde criança e levou o nome e os belos cenários do arquipélago para a rota artística nacional e internacional, através de suas pinturas.
Casou-se na ilha e com sua esposa, Celina Pelizzari, passou a estimular o desenvolvimento da educação e a vocação artística dos caiçaras. Refugiados na Bahia de Castelhanos, o casal viabilizou diversos projetos educacionais junto a comunidade local, inclusive a casa dos artistas serviu de escola para a população, na época. Em 1968, ele começou o projeto do primeiro salão de artes da cidade, que após a morte do pintor, em 1983, ganhou o nome Waldemar Belisário, em sua homenagem.

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