Cerca de 400 crianças de São Sebastião devem ter aulas gratuitas de surfe

Projeto ‘Bom de sala, bom de surfe’ está ligado à frequência escolar dos alunos
Projeto deve abranger crianças de 8 a 16 anos (Foto: NI)

Por Daniela Malara Rossi

As crianças de São Sebastião poderão receber aulas gratuitas de surfe, a partir de 2016. O projeto “Bom de sala, bom de surf” deve recrutar cerca de 400 crianças em situação de vulnerabilidade na cidade para ter aulas semanais do esporte. A faixa etária para participar do programa varia para crianças de oito a 16 anos.

O programa está alinhado ao Plano Nacional de Surfe e deve abranger seis praias de São Sebastião: Boraceia, Juquehy, Baleia, Cambury, Maresias e Guaecá. A ideia inicial é implantar três escolinhas de surfe em cada praia, com pelo menos cinco instrutores que possam atender os alunos. 


De acordo com o idealizador da proposta, Henrique Estavski, o projeto é baseado em promoção de cidadania, inclusão social,  geração de renda, prevenção de riscos e formação de caráter. Ele explica que os alunos serão escolhidos conforme critérios sociais, mas a permanência no programa deve ser atrelada a frequência escolar. As aulas serão alinhadas ao período escolar e devem servir como uma opção após o turno dos estudos regulares. “Além de promover a difusão do esporte, como meio de inclusão social, nosso objetivo é estimular a educação. Os alunos interessados terão que manter a frequência escolar para permanecer no surfe”, afirmou ele.


A ideia surgiu da paixão de Henrique, que é surfista, empresário e pega ondas no Litoral Norte desde os oito anos. Hoje, aos 36, ele integra a Diretoria Extraordinária de Relações Governamentais de Captação e Mobilização de Recursos da Associação de Surf de São Sebastião (ASSS) e trabalha para agregar apoio e ampliar o projeto, que, depois de implantado em São Sebastião, pode seguir para Caraguatatuba e Ubatuba. 



Outro ponto que o organizador destaca é  visibilidade do surfe nos dias de hoje. Para ele, o atual campeão mundial, Gabriel Medina, se compara a ídolos e ícones do esporte nacional como o Guga Kuerten e Airton Senna. “Atualmente o Medina é um exemplo para os jovens e a vantagem dele é a prática de um esporte democrático. Diferente de outras modalidades que requerem investimentos, como automobilismo ou tênis, qualquer um pode ir a praia e arriscar o surfe, com baixo custo”, analisa Henrique.

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