Empresa finaliza acordo trabalhista com ex-funcionários da Schahin

Até o momento, R$16,5 milhões foram pagos pela Toyo/Modec

Trabalhadores em passeata após fechamento da Schahin (Fotos: Divulgação)


A novela do pagamento das dívidas trabalhistas dos ex-funcionários da Schahin Engenharia está perto de chegar ao fim. Na última terça-feira, representantes das empresas Toyo  e Modec estiveram em São Sebastião para acertar pagamento de mais um grupo de operários. 

As tratativas tiveram início em novembro do ano passado e, de acordo com a representante das multinacionais, Susi Hamada Faour Auad, cerca de 300 ações, no valor de R$ 16,5 milhões, já foram quitadas. “Estimamos que temos mais umas 50 para encerrar este processo”. O pagamento é à vista e efetuado 10 dias após o acordo.

Para ela, se não houvesse entrave por parte de alguns advogados que representam os envolvidos, todo o processo já estaria encerrado. “A maior barreira é o próprio advogado que advoga em causa própria”, reclama. 

Ainda conforme Susi, a Toyo/Modec foi arrolada em alguns processos como reclamada e em outros condenada solidariamente. “São empresas idôneas e éticas que querem solucionar essa pendência com o trabalhador e depois resolver com a Schahin internamente”.

A situação perdura desde março de 2015 quando os cerca de 550 funcionários foram demitidos da Schahin, empresa terceirizada contratada para montar módulos para o navio plataforma Cidade de Caraguá em área do Porto de São Sebastião. O contrato com a Petrobras foi feito coma Toyo/Modec.

Alívio
Um dos líderes do Movimento ‘Abandonados da Schahin, Jeferson André Silva de Carvalho, o Puff, conta que o sentimento atual é de alívio. “Devido à crise brasileira, para muitos trabalhadores o acordo chegou em boa hora”. 

Segundo ele, a maior dificuldade foi quando todos ficaram desempregados. “Alguns hoje estão trabalhando e não acharam necessidade de aceitar o acordo, mas para a grande maioria está tirando do sufoco, sem contar que o dinheiro entrando vai ajudar no comércio da cidade”, avalia. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *