Funcionária pública quase perde dedo ao ser atingida por linha com cerol

A funcionária pública Vanda Alvarenga, 30 anos, por pouco não perdeu um dedo da mão direita ou teve a jugular cortada ao ser atingida por uma linha de pipa preparada com cerol. A mistura é feita com vidro moído e cola e passada na linha a fim de que possa talhar outro papagaio ou pipa quando ambos estão no ar.

Ela andava de bicicleta em uma tarde de domingo, pela Rua Benedito Jacinto do Prado, no Perequê Mirim, na região sul de Caraguatatuba, quando se viu ante a linha mortal. “Minha primeira reação foi colocar a mão na direção do meu pescoço. Nem sabia que estava com cerol. Foi mesmo uma reação instintiva”. Ainda assim o fio passou por seu pescoço e cortou o dedo médio.

“Faltavam poucos metros para chegar à minha casa quando fui atingida”, relembra. “Populares me levaram para a UPA após eu pedir ajuda, mas a molecada continuou soltando pipa, mesmo depois de eu ter sido ferida”.

Socorrida à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com o dedo quase decepado, ela foi, posteriormente, transferida para a Casa de Saúde Stella Maris onde precisou passar por um ortopedista para recuperar os nervos atingidos. Foram seis pontos para conter o sangramento.

O caso foi no início de agosto e só nesta segunda-feira (21), ela retirou os pontos. Mas por conta da profundidade do ferimento vai precisar fazer fisioterapia para recuperar os movimentos. Ela terá de ficar 60 dias afastada e disse que não anda mais de bicicleta após o acidente com a pipa.

Cuidados

De acordo com o tenente André Smidi, comandante dos postos de Bombeiros de São Sebastião e Ilhabela, campanhas de educação pública são realizadas todos os anos, em especial  no período de férias para evitar acidentes mais graves.

“O conselho é de não passar cerol, empinar pipas somente em locais abertos e sem fluxo de trânsito, como campo de futebol, evitar subir em lajes e telhados, a fim de evitar quedas, não correr atrás de pipa para evitar um atropelamento e fiscalização constante de responsáveis das crianças”.

Pessoas a pé, motociclistas e ciclistas são grupos mais propícios a serem atingidos por linhas com cerol. No caso das motos, há uma antena antilinhas, que evita que eventuais linhas com cerol atinjam diretamente o condutor, causando cortes profundos e até fatais.

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