Autoridades ficam chocadas com qualidade de navio doado pela USP

O prefeito de Ilhabela, Marcio Tenório, os vereadores Marquinhos Guti, Anísio de Oliveira e Gabriel Rocha, e o secretário de Administração, Luiz Lobo, foram ao Porto de Santos, nesta quarta-feira (16), visitar o navio doado pela USP, em 2016, ao município. A comitiva municipal ficou surpresa com as péssimas condições da embarcação, que terá o seu destino decidido em audiência pública a ser agendada nos próximos dias.

Eles entraram no navio Professor W. Besnard e observaram a situação precária, que exigirá uma reforma geral na parte interna e externa. De acordo com funcionários que cuidam da embarcação, são necessárias reformas elétrica, hidráulica, recuperação das varandas laterais, sala de combustível, vigias, casa de máquinas, entre outros.

As autoridades também observaram que várias peças e equipamentos foram retirados, como o comando do motor e vigias, e a presença de ferrugem em quase toda a extensão. Os funcionários da embarcação afirmaram que uma reforma geral exigirá algo em torno de R$ 10 milhões.

Tenório explicou que a administração tem um custo mensal elevado para manter o navio no porto e mais algumas taxas pela manutenção da embarcação doada à prefeitura no governo anterior.

O prefeito também parabenizou a disposição dos vereadores e reiterou que a audiência pública indicará o caminho da embarcação, que pode ser o naufrágio para transformá-lo em um recife artificial, atrativo turístico para mergulhadores e moradia para a vida marinha. Outra possibilidade é a doação para uma entidade particular que poderá transformar o antigo navio em museu. Na reunião poderá haver indicação do local para onde o navio será rebocado.

Durante a visita, os vereadores decidiram fazer um relatório para levar a realidade do navio à população, na audiência pública que será promovida pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Meio Ambiente.

História

O navio pertencia ao Instituto Oceanográfico da USP. Em 2008 sofreu um incêndio e, desde então, está ancorado no Porto de Santos. Em 2016 foi doado para o município de Ilhabela.

Durante mais de 40 anos em que permaneceu à disposição da USP, navegou por seis vezes para a Antártida, transportou cerca de 50 mil amostras de organismos marinhos, navegou durante 23 anos sem interrupções, possui 80 diários de bordo, inúmeras pesquisas e muitas histórias.

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